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Matriuska
Conhece Sidney Rocha? Eu sentia falta do texto dele. Do trinado, do ciscado. Da prece que ele faz. Do rebuliço de seus personagens. Seus parágrafos certeiros. Seu jeito de prosear. Poética, assim, medonha. Estética sem cerimônia. De repente, eis que ele volta, com este livro de contos curtos. E assustadores. Porque inovadores. Porque musicais, etc. e tais. E porque dificilmente existe autor como ele. Falando de certas mulheres. De certos recalques. Sem ser chato, entende? Sem querer ser o dono-da-cocada. O pior sujeito é aquele que se acha. Facilmente. Aquele que coloca borboleta na gravata para escrever. E não voa. Não sai da mesmice. Eta porra! Sidney tem o que eu aprecio em todo coração arredio: a pulsação. A verdade. O sentimento que está na linguagem. Nos sons que ele costura tão bem. Tão modernamente, saravá, amém!
Caro leitor, pode apostar: pegue este livro na mão e veja se eu não tenho razão. Resumindo: são contos-cantos que vêm inovar e sacudir a prosa brasileira. E depois seguir por aí. Descendo e subindo a ladeira. Deixando seu sangue na gente. Assim, tão raro e para sempre!
Na falta de melhor nome o gênero disto se chama de conto. Mas de que conto se trata? Se todas as histórias se enovelam como se não pudessem estar separadas, como se encontrassem labirintos em tudo, não apenas nos cabelos do deserto e nas selvas selvagens ásperas e fortes das cebolas. [...]
Essas bonecas não são de plástico. São matriuskas de carne, em carne(água)-viva, e se uma delas sabe “deixar o tempo correr”, não é propriamente de tempo que fala, mas do sangue. Boas histórias, mais do que as guerras, costumam promover bons derramamentos de sangue, e estas ainda vêm com o bônus da “fascinada angústia” ou da fascinação angustiada que parece ser a verdadeira casa de bonecas de todo bom narrador.